Open Banking: Revolução na Padronização e Compartilhamento de Dados

19 de agosto de 2021

Entenda o que é e como funciona a mais nova ferramenta do sistema financeiro no Brasil

Desde o último dia 13/08 começou a ser implantada a segunda fase do Open Banking, o sistema que permite aos usuários de serviços bancários autorizarem o compartilhamento de dados pessoais e financeiros entre instituições bancárias, com o objetivo facilitar o acesso a produtos e serviços financeiros, como empréstimos e cartões de crédito.

Instituído pelo Comunicado n° 33.455 de 24/4/2019, o Open Banking tem como objetivo aumentar a eficiência no mercado de crédito e de pagamentos no Brasil, mediante a promoção de ambiente de negócio mais inclusivo e competitivo, preservando a segurança do sistema financeiro e a proteção dos consumidores.

Segundo a Federação Brasileira de Bancos (Febraban), essa implantação será feita por etapas e condicionada ao consentimento dos clientes, que poderão escolher os dados e período de compartilhamento, além das instituições que receberão essa troca de informações.

Nessa primeira etapa, poderão ser compartilhadas as informações de cadastro, que incluem os dados pessoais, o endereço e a renda. Sendo que, ao autorizar esse compartilhamento, o cliente permite que uma instituição financeira acesse as informações de outra, desde que o usuário tenha relações contratuais. 

Com essa abertura de dados bancários, as instituições poderão fazer ofertas de produtos e serviços mais personalizados para o perfil do cliente, além de oferecer condições mais vantajosas. 

As operações também são limitadas entre os bancos autorizados pelo usuário, com período máximo de 1 ano, sendo as instituições serão responsáveis pela segurança desses dados.

O QUE É O OPEN BANKING?

Além de tudo que já foi dito, é importante você entender a origem do termo Open Banking, que significa ‘banco aberto’, em inglês.

Isso aponta para o principal objetivo do Open Banking, que é a abertura das informações pessoais e financeiras dos usuários dos serviços bancários, consolidando uma das mais promissoras transformações financeiro-digitais dos últimos tempos.

Isso porque permite ao cliente uma autonomia maior com os dados que decide compartilhar, pois tudo tem que ser feito com expressa autorização do usuário, o que possibilita aos bancos maiores possibilidades de ofertas financeiras.

Dessa forma, a partir do momento em que você autoriza a utilização das suas informações, esses dados permitem um acesso mais vantajoso e menos oneroso a outros produtos e serviços que forem mais convenientes às suas necessidades.

Assim, a principal motivação para aderir a nova ferramenta, é a titularidade dos próprios dados, que antes eram manuseados estritamente pelos bancos e agora podem ser compartilhados a critério do consumidor.

QUAIS OS BENEFÍCIOS DO OPEN BANKING PARA MEU NEGÓCIO?

O Open Banking, para o Banco Central do Brasil permite a abertura e integração de plataformas e infraestruturas de sistemas de informação, de forma segura, ágil e conveniente.

O modelo a ser adotado no Brasil deverá abranger as instituições financeiras, as instituições de pagamento e as demais instituições autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil, contemplando, no mínimo, os seguintes dados, produtos e serviços:

I –    dados relativos aos produtos e serviços oferecidos pelas instituições participantes, como localização de pontos de atendimento, características de produtos, termos e condições contratuais e custos financeiros, entre outros;

II –   dados cadastrais dos clientes, como nome, filiação, endereço, entre outros;

III –  dados transacionais dos clientes, dados relativos a contas de depósito, a operações de crédito, a demais produtos e serviços contratados pelos clientes, entre outros; e

IV –  serviços de pagamento, como a inicialização de pagamento, transferências de fundos, pagamentos de produtos e serviços, entre outros.

Com esses parâmetros, é possível visualizar uma ampliação da autonomia das empresas que optarem por aderir à ferramenta, no sentido de optar por produtos ou serviços financeiros que melhor atendam às demandas do negócio.

Nesse sentido, o primeiro benefício desse modelo de negócios é a promoção de liberdade ao consumidor. Isso porque ele pode compartilhar seus dados financeiros quando e como desejar.

Em segundo lugar está a facilidade de uso desse sistema, uma vez que a automatização é a regra para o bom funcionamento do Open Banking. Com isso, o cliente pode reunir todas as informações financeiras de diferentes bancos em uma única plataforma, facilitando o controle e a sua organização das informações. 

Outra vantagem do sistema é a segurança, visto que a proteção é a principal regra, para o cumprimento dos requisitos de confidencialidade de dados por parte dos bancos, sendo possível minimizar o uso mal-intencionado dessas informações.

O Open Banking, ainda, poderá dar acesso aos seus extratos bancários, por exemplo, para que uma fintech analise e comprove o faturamento da empresa. Assim, podendo obter melhores condições na hora de tomar um crédito.

E não para por aí, a iniciativa possibilitará também benefícios relacionados aos meios de pagamento, uma vez que os empreendimentos poderão utilizar seus recebíveis de cartão de crédito como garantia na obtenção de um crédito, como no caso do crédito fumaça.

COMO ADERIR AO OPEN BANKING?

Para aderir à ferramenta, o cliente deve consentir expressamente acerca dos termos contratuais, podendo optar por quais dados podem ser compartilhados, além das instituições autorizadas a acessar essas informações.

Dessa forma, por meio da plataforma da instituição financeira, a pessoa é dona dos próprios dados e, desta forma, escolhe quais quer compartilhar e com quais instituições deseja compartilhar.

O cliente ainda passa pela fase de autenticação e confirmação. Todos os procedimentos devem ser realizados pelos canais digitais oficiais das instituições financeiras.

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