Inflação: O que é e como ela impacta no consumo e no faturamento das empresas

11 de outubro de 2021

Entenda o que é inflação e a sua influência nos produtos, serviços e negócios

A inflação é um assunto que está sempre em pauta entre os brasileiros, principalmente nesse atual momento de incertezas em nosso país, que influencia diretamente no aumento desse índice.

Para os consumidores, ela é uma verdadeira inimiga, em razão do aumento de preço dos produtos e serviços. Porém, para investidores financeiros, ela é uma grande amiga, pois a alta da inflação quase sempre significa ganhos. 

Especialistas do mercado financeiro afirmam que nos últimos seis meses de 2021 a inflação esteve em grande crescimento e continua subindo a cada mês, sendo que deve encerrar o ano com uma taxa de 8,51%, conforme previsão do IPCA, o índice de inflação oficial do país.

Assim, nesse atual cenário pandêmico, que gera preocupações e incertezas, o aumento constante do preço dos principais produtos consumidos pelos brasileiros, coloca esse índice em evidência.

Mas, afinal, o que é inflação e como ela pode atingir de forma significativa a sua vida, o seu trabalho, o seu consumo e o seu investimento? Entenda!

O QUE É INFLAÇÃO?

A inflação é o termo dado para o aumento de preços de uma série de categorias importantes de produtos e de serviços, ao longo de um determinado período. Ela representa o aumento do custo de vida para o consumidor e para as empresas, que resulta na elevação dos preços e desvalorização da moeda.

Dentro dessas categorias, estão englobadas a alimentação, habitação, transporte e educação, sendo os que mais afetam a população, pois se tratam de produtos e serviços indispensáveis no dia a dia dos brasileiros.

Assim, algumas medidas são tomadas para que esse processo inflacionário não seja tão danoso aos consumidores, a exemplo do reajuste anual do salário mínimo, que visam, sobretudo, o acompanhamento das taxas.

Contudo, quando o nível da inflação aumenta com muita rapidez, os reajustes salariais levam mais tempo para serem implementados, sendo que não conseguem acompanhar o processo, o que diminui o poder de compra do consumidor durante a maior parte do ano.

Para melhor compreensão do assunto, é preciso entender a causa da inflação, que pode ser visualizada a partir de duas situações especiais no Brasil: 

  1. A inflação de demanda, que ocorre quanto o mercado começa a ter grande procura por determinado produto ou serviço. Contudo, a oferta não consegue acompanhar a busca, o que provoca o aumento nos preços.
  1. Outra situação é a inflação de custos, também conhecida como inflação de oferta, caracterizada pelo aumento do preço dos recursos necessários para se produzir, o que faz com que o fornecedor diminua a sua produção e, consequentemente, a sua oferta no mercado, o que também gera o aumento nos preços.

O QUE SÃO OS ÍNDICES INFLACIONÁRIOS?

Durante as décadas de 80 e 90, o Brasil experimentou um aumento nos preços, que gerou níveis altíssimos de inflação. Em razão disso, foram criados indicadores econômicos, que consistem em dados de averiguação das variações financeiras e sociais, com o objetivo de acompanhar e calcular as mudanças de preços, a fim de evitar situações de descontrole. 

Assim, os índices inflacionários são ferramentas de controle do aumento abusivo dos preços de produtos e serviços, que representam uma média geral de dados, a depender de cada setor.

As principais instituições e órgãos brasileiros responsáveis pelo monitoramento e divulgação da inflação, através desses índices, são:

  1. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE);
  2. Fundação Getúlio Vargas (FGV); 
  3. Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (FIPE).

Além disso, os principais indicadores de inflação utilizados por estes órgãos são:

  1. IBGE: Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA); Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC).
  2. FGV: Índice de Preços no Atacado (IPA); Índice Geral de Preços (IGP); Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI); Índice Geral de Preços do Mercado (IGP-M); Índice Geral de Preços 10 (IGP-10); Índice Nacional de Custos da Construção (INCC).
  3. FIPE: Índice de Preços ao Consumidor da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (IPC-Fipe).

Embora existam diversos índices inflacionários, como visto, o índice considerado oficial pelo governo federal é o IPCA, medido pelo IBGE. Este indicador verifica as oscilações de preços dos produtos e serviços mais consumidos pelos brasileiros.

A pesquisa é realizada mensalmente junto aos setores de comércio, indústria, bem como entre os consumidores, com o foco na análise do consumo familiar e o custo de vida mensal, que resulta em informações sobre o aumento ou queda dos preços, durante o mês.

O IMPACTO DA INFLAÇÃO NO CONSUMO DE PRODUTOS E SERVIÇOS

Se a inflação aumenta excessivamente em curto prazo, o salário do brasileiro não consegue acompanhar, devido à lentidão no processo de reajuste salarial, o que influencia diretamente no poder de compra do cidadão.

Esse efeito gera grandes prejuízos, que afetam principalmente as classes mais baixas, que não dispõem dos recursos financeiros necessários para enfrentar esses aumentos.

Para facilitar a compreensão, imagine que a inflação faz o seu dinheiro perder o valor, visto que é quase impossível a renda do cidadão acompanhar o mesmo ritmo da variação de preços.

Nesta situação, surge o desafio de manter um padrão de vida compatível com as altas dos índices, que em muitos casos é frustrado, pois o poder aquisitivo permanece o mesmo, diante do aumento de preços.

Algumas pessoas conseguem reajustes salariais, buscam outras formas de aferir e aumentar sua renda mensal, oportunidade em que conseguem equilíbrio e organização financeira. 

Contudo, a maior parte da população não conseguem qualquer tipo de proteção contra essa alta, o que causa uma redução no poder de compra, aumento da pobreza e níveis de subdesenvolvimento do país. 

Vale ressaltar, que a inflação é importante para o desenvolvimento econômico, isso quando controlada, mas quando o seu nível é excessivo, esses grandes prejuízos são inevitáveis.

O IMPACTO DA INFLAÇÃO NAS EMPRESAS

As empresas também sofrem com a alta da inflação, em razão da alteração de despesas internas, com o enfraquecimento do investimento e o aumento da capacidade produtiva, logo, a oferta diminui e os juros sobem.

Os custos de fabricação também são alterados, em razão da alta dos juros, o que leva as empresas a terem dificuldades em reinvestir o capital no negócio, para driblar os efeitos negativos dessa alta.

Contudo, com a baixa da inflação, os empresários conseguem melhora na produtividade com os custos baixos, conseguem um planejamento dos investimentos, que não impactam com tanta força na comercialização. 

Existem maneiras de o empreendedor obter resultados positivos em situação de elevação da inflação, como:

  1. Controle de gastos;
  2. Negociação de investimentos em custos de produção;
  3. Análise e monitoramento constante da situação financeira da empresa;
  4. Monitoração constante dos índices inflacionários. 

Por fim, é necessário planejamento adequado nos custos de fabricação, investimentos, despesas com os colaboradores, vendas, entre outros. Portanto, um bom planejamento e estratégias inteligentes de monitoramento dos preços são fundamentais para que um negócio enfrente cenários de inflação desfavorável.  

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